No dia 25 de janeiro de 2022, a Transparência Internacional divulgou o seu principal indicador de percepção de corrupção, o Índice de Percepção da Corrupção (“IPC) de 2021. Foram avaliados 180 países e territórios em uma escala de 0, que significa uma percepção de altamente corrupto, a 100, que significa uma percepção de muito íntegro. Tais países e territórios foram avaliados com fundamento nos níveis percebidos de corrupção no setor público.

De acordo com o relatório emitido pela Transparência Internacional, os níveis de corrupção estão estagnados em todo o mundo nos últimos dois anos. Não apenas, 131 países não apresentaram avanços significativos nos últimos dez anos, sendo que desses, 27 apresentaram a menor pontuação na avaliação no IPC no ano de 2021.[1]

Ademais, de acordo com o IPC de 2021, a Europa Ocidental e União Europeia estão atualmente com a melhor média, em comparação com as demais áreas avaliadas. Ainda assim, quando comparada a anos anteriores, percebe-se uma estagnação da pontuação, atribuída à pandemia de COVID-19, que ocasionou problemas em relação a prestação de contas na região e no mundo.

A percepção da corrupção no Brasil permanece em patamar alto nos últimos anos, estando atualmente com uma nota abaixo da média dos BRICS (39), da média regional para a América Latina e o Caribe (41) e mundial (43), e ainda mais distante da média dos países do G20 (54) e da OCDE (66). Ainda assim, o país apresenta a melhor pontuação desde o ano de 2017. Apesar da pontuação do Brasil não ter se alterado no último ano, i.e., 38 pontos, o país perdeu duas posições no ranking, caindo da 94ª posição para a 96ª.

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em inglês

 


[1] Esses 27 países são: Austrália, Bélgica, Botsuana, Canadá, Comores, Chipre, Dominica, Suazilândia, Honduras, Hungria, Israel, Líbano, Lesoto, Mongólia, Holanda, Nicarágua, Níger, Nigéria, Filipinas,  Polônia, Sérvia, Eslovênia, Sudão do Sul, Suíça, Tailândia, Turquia e Venezuela.