Em 25 de outubro de 2021, a multinacional Rolls-Royce celebrou acordo de leniência com a Controladoria-Geral da União (CGU) e Advocacia-Geral da União (AGU) em razão do pagamento de vantagens indevidas por meio de terceiros intermediários para obtenção de contratos da Petrobras, que foram reveladas no contexto das investigações conduzidas pela Operação Lava Jato.
Dois delatores da Operação Lava Jato declararam que a Rolls-Royce pagou um total de US$ 9,3 milhões em propinas entre 2003 e 2013 para obter contratos de equipamentos de geração de energia para seis plataformas de petróleo da Petrobras.
O acordo de leniência com a CGU foi firmado no contexto da resolução global da Rolls-Royce com autoridades brasileiras, americanas e britânicas. Em 2017, a Rolls-Royce celebrou, concomitantemente, acordos com o Ministério Público Federal (MPF), com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) e com a Serious Fraud Office (SFO) do Reino Unido para a resolução de atos ilícitos praticados em diversos países, incluindo o Brasil, China, Indonésia, Rússia e Nigéria.
O valor total do acordo de leniência firmado com a CGU é de US$ 27,8 milhões, dos quais US$ 2,2 milhões serão destinados aos cofres da União, em até 30 dias após a assinatura do acordo, de forma a complementar o pagamento de US$ 25, 6 milhões que já foi efetuado no Brasil. Além disso, a empresa britânica se comprometeu a aperfeiçoar o seu programa de integridade.
CGU e AGU, ao assinar este acordo, reforçam sua competência em matéria de leniência, ao estabelecer valores adicionais àqueles já pagos anteriormente em decorrência de acordo com o MPF.
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